A construção e o posterior funcionamento do Hospital Geral de Vila Penteado atendeu a uma antiga reivindicação da comunidade e membros do Movimento de Saúde da Zona Norte pela existência de uma unidade hospitalar na região.

Em 1.983 o Decreto Estadual 21.862 cria a Comissão do Programa Metropolitano de Saúde que define as prioridades no investimento em Saúde, dentre elas a construção do Hospital Geral de Vila Penteado, cuja obra foi iniciada em 1.987.

Em meados de 1.990 o Dr. Cláudio Molina Martines, médico e administrador hospitalar, foi convidado para desenvolver o planejamento operacional do Hospital Geral de Vila Penteado, que estava em construção, tendo participado do G.T.E. - Grupo Tarefa Especial - criado pela Secretaria de Estado da Saúde para coordenar os trabalhos de planejamento dos novos hospitais da Secretaria. As tarefas que se colocavam naquele momento eram, basicamente: levantamento da situação da obra e das instalações de equipamentos de grande porte e redes de distribuição; a discussão do modelo funcional da unidade, a definição da estrutura administrativa, o dimensionamento de pessoal, equipamentos e materiais de consumo e a fixação de metas de produção; o planejamento operacional propriamente dito, ou seja as tarefas específicas de regulamentação da unidade, estimativa orçamentária, estabelecimento de fluxos, normas e rotinas, abastecimento, seleção de pessoal, contratação de serviços de terceiros.

O Hospital foi planejado inicialmente para contar apenas com as quatro especialidade básicas, ou seja, Clínica Médica, Pediatria, Gineco-Obstetrícia e Cirurgia Geral. Durante o planejamento operacional procedeu-se a uma análise da demanda existente e da situação de atendimento à saúde na região e constatou-se a necessidade de se ampliar a atuação do Hospital incorporando outras especialidades não previstas inicialmente: Ortopedia e Traumatologia, Cirurgia Plástica/Queimados, Cirurgia Pediátrica, Cirurgia Buco-Maxilo-Facial e Medicina Intensiva. Apesar da maior complexidade deste modelo houve ganho na resolutividade do Hospital e maior autonomia na assistência aos pacientes.

Para realizar essas tarefas foram convidados funcionários de carreira da Secretaria de Estado da Saúde para constituir o núcleo inicial de administração do hospital. Os requisitos para fazer parte da equipe foram: honestidade, disposição para o trabalho com criatividade e conhecimento da área. A esse núcleo inicial foram se agregando centenas de funcionários que abraçaram o sonho de construir um grande hospital do qual todos pudessem se orgulhar, ou seja, "transformar o sonho em realidade". A missão que se colocava para o hospital era "Prestar assistência médico-hospitalar com qualidade, atendendo as necessidades e expectativas dos clientes, promovendo capacitação técnica e pesquisa".

O Diário Oficial do Estado de 01 de setembro de 1.990 publicou o Decreto 32.253, de 31/08/90 que "cria, estrutura, organiza e regulamenta o Hospital Geral de Vila Penteado da Secretaria da Saúde". Além desse decreto outros dois regem a vida do Hospital: Decreto 32.212, de 30/04/91, criando a Seção de Faturamento, e o Decreto 39.482, de 08/11/94, criando o Centro de Convivência Infantil. Iniciou atividade em 28 de outubro de 1991- Dia do Funcionário Público

O Patrono

Foi grande o envolvimento da comunidade na escolha do Patrono do Hospital, tendo sido realizada a eleição do melhor nome dentre 3 candidatos que no passado se destacaram em virtude de sua competência profissional, dedicação e humanismo. De um total de 1.222 votos foi eleito com 479 votos o Dr. José Pangella, que exerceu a Medicina no bairro da Freguesia do Ó e até hoje é lembrado com carinho pela população.

Lei de autoria do Deputado Celino Cardoso conferiu ao Hospital Geral de Vila Penteado o nome do seu patrono "Dr. José Pangella". (Lei 9.775, de 25/09/97)

Uma breve biografia do nosso patrono:
Nasceu em São Paulo em 21.03.1925, filho de pais italianos. Faleceu, repentinamente, em 30.06.1977, aos 52 anos de idade.
Médico pela Faculdade de Ciências Médicas do Rio de Janeiro, especializando-se em Pediatria.
Exerceu a Chefia Médica do IPASE e Medicina Geral na residência de seus pais. Após clinicar em vários bairros de São Paulo, finalmente, surge a oportunidade da promissora e convidativa Freguesia do Ó.
Sua Clínica no Largo do Clipper era modesta, porém ampla e bem equipada. Cresce sua fama graças ao trabalho incansável no atendimento aos clientes, até com sacrifício da própria saúde.

Agradecemos a Maria Aparecida Novaes pelo material enviado

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