Depois da amizade e o namoro, o começo da Vida-a-dois Nas férias do período escolar ao final do ano de 1957, quando estudava em Campinas, Benedito veio para a casa de seus pais, que moravam numa casa rústica na Vila Iara, região da Freguesia do Ó, em São Paulo. Foi aí que conheceu a família de sua futura esposa, Lindaura. Quando em algumas visitas à sua amiga Mercedes, Maria Benedita, irmã de Benedito, pedia ao irmão para acompanha-la, já que a Vila Iara, ainda em fase de loteamento, e com poucas habitações era erma e sem iluminação noturna. Nessas visitas conheceu Lindaura, morena exuberante e bem mais alta que ele que ainda estava em fase de crescimento. Nessas visitas de sua irmã à amiga, Benedito ficava conversando com as irmãs de Mercedes, sentados em uma grande pedra, na porta do barraco de tábuas em que morava aquela familia. Nenhum interesse maior que a amizade, nasceu naqueles encontros. A família de Lindaura, nessa época, sofreu um grande infortúnio com a doença de Mercedes, que fora diagnosticada com uma doença que nesse tempo nem se falava o nome. Tratada de "doença ruim", o cancer foi o grande algoz que em três anos acabou levando Mercedes com apenas 21 anos de idade. Depois de formado pela Escola Salesiana São José, como técnico em Artes gráficas com ênfase em Encadernação, ao final de 1960, Benedito passou a residir no bairro com seus pais. Como todo jovem teve muitas pretendentes e os namoricos aconteciam em pequenos espaços de tempo. Era muito gratificante o relacionamento dos rapazes e moças daquele tempo, quando a diversão mais concorrida era as idas aos Parques de Diversão, que percorriam os bairros da capital. Os grupos mistos de rapazes e moças saiam da Vila Iara e Morro Grande e faziam uma longa caminhada até o bairro de Cruz das Almas, onde sempre tinha instalado um desses Parques. Chegando ao local rapazes e moças se separavam para seus "flertes" e era então combinado o horário de retorno, quando se encontravam novamente para voltarem juntos. Foram tantas as amizades, num tempo novo, quando pela influência dos "Beatles" e da "Jovem Guarda", o amor era cantado com outros tons. Apesar disso, algo mais forte que a "Amizade colorida" era o projeto de se construir uma família nos moldes sugeridos pelos mais velhos da família. Passado alguns anos, já em 1964, em ocasiões como festas familiares, aniversários e casamentos, Benedito e Lindaura gostavam de dançar juntos, e aquela amizade entre eles os tornou enamorados. Encontros tornaram-se mais frequentes desde a festa de casamento de um amigo comum dos dois. Era um sábado, chovia naquela noite quando Benedito chegava do trabalho e passou na festa para cumprimentar os noivos. Lá encontrou Lindaura que estava muito resfriada e disse que pretendia ir embora, mas estava aguardando diminuir aquela garoa por estar sem agasalho. Foi então que ele foi buscar um guarda-chuvas para levá-la para casa, e naquela noite, quando ela adentrava sua casa aconteceu o primeiro beijo que selou o destino dessas duas vidas. |
Lindaura Alves dos Santos, 1958 Namoro começou no ano de 1964 1967, alianças e união definitiva Mercedes Alves dos Santos, amiga de Maria Benedita e irmã de Lindaura *03/06/1940 †13/11/1961 Nesta foto, numa Romaria do ano de 1958, para a cidade de Aparecida, Mercedes escreveu no verso: "Lembrança dos meus Dezoito anos - Ano mais feliz de minha vida" |
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